Sobrevivendo ao meu mundo paranóico

Bom dia, já são duas da tarde!
Traga-me meu prato de esperança, estou sedento.
Isso! Esperança, esperança, esperança! Utopia.
Alimento para os loucos.
Amor? Pica e mistura no meio, talvez eu sinta seu gosto, em um momento despercebido.
Traga-me um copo com tristeza, ela me faz chorar e as lagrimas servem pra beber com a dor.
-The Clow! The Clow!
Não estas vendo o palhaço?
Ele gargalha olhando para mim.
-Não olhe para o espelho!
Louco, louco...
Onde esta o prato de esperança que pedi?
Continue a acreditar que tem volta, que haverá volta. Vai voltar!
HAHAHAHAHAHA.Risos.Gargalhadas.
Matem o palhaço! Ele me dá nos nervos com suas risadas.
Estou com sono. Quero dormir. Não consigo.
Troco um coração que sangra por um colchão macio.
Olhem as borboletas que sobrevoam o jardim de plástico.
Lindas borboletas, tão coloridas, possuem tão belos tons de cinza.
Olha que lindo sol que se esconde por traz das nuvens negras.
Espero que chova! A chuva esconde as lagrimas do meu rosto.
Malditas lágrimas que só servem pra borrar a máscara de palhaço.
-The Clow!The Clow! The Clow!
Um copo pra beber essas lagrimas com a dor!
Cade o prato de esperança?
Palhaço inútil!
Esqueça, esqueça!
Ela não vem.
Só parecia que viria!
Luzes no escuro.
Kabuuuun!
Sangra o coração, sangra a mente...estilhaços perfuraram eles.
Dói...
Mas o que é a dor?
Nem sei se é dor...
Respira fundo...
Mais um dia se foi...
Mais um dia vivo, sobrevivendo ao meu mundo de paranóias.
Aguardando dia e noite pela esperança.
Ela há de vir.
Enquanto não vem, permaneço sentado em frente ao espelho, olhando nos olhos do palhaço. Que chora. Que me dá algo pra beber.
-The Clow! The Clow!

Fim.



OBS.: Juro que não usei drogas! hehe
Apenas um texto, insano? totalmente...ou não.
Ninguém precisa entender. Talvez essa seja a intenção.
Talvez você tire suas próprias conclusões.
Apenas reflita.
Todos temos nossos mundos particulares.
(...)